terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ele existe !


Olha só ... nosso vencedor do concurso ZOOcanecas, o Luis Eduardo, diretamente de Rio Branco, com as suas exclusivas canecas ZOOBaleia ! (que chegaram intactas ao seu destino ... ufa!)
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Vivas !
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E que venham os próximos !

sábado, 24 de setembro de 2011

# 02 Luiza Gianesella


Opa ! Nosso 2º concorrente chegando na área !
E é da nossa querida (e assídua) participante Luiza Gianesella 
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Acima, a estampa principal. Aqui, logo abaixo, o esquema de posicionamento das estampas e logos ...

... e detalhe do "casamento Vanity" + ZOO , nas costas da camiseta

E que venham os próximos !
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Ah ... e pra quem quiser conferir também a Luiza cantando (sim, ela também canta !) uma palhinha do Rosa Vocal, que acabou de lançar seu 1º CD , dia 18.09 passado, no Café Piu Piu
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Nós aqui já temos o nosso !

Pinguim !

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Não resisti ... Roubei o desenho do Silvão pra postar por aqui !
(quem sabe assim, ele para de miguelar e posta umas coisas por aqui)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

#01 ! Postal Copan !

Opa ! Nosso primeiro concorrente !
Quem manda é o nosso querido Fabio Bellan (vulgo Ico !).
Batizada de "Postal Copan" pelo autor ... a estampa abaixo vai nas costas da camiseta ...
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... e o detalhe com as marcas na frente (segundo o esquema sugerido pela organização, pequeno na lateral do peito) ...


Bom, agora que já demos o pontapé inicial ... que venham os próximos concorrentes !
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Abraço !

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Concurso "Minha São Paulo "


É isso mesmo pessoal ! Tardamos, mas não falhamos !
Novo concurso ZOO na parada !
"Concurso de camisetas MINHA SÃO PAULO"
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Este concurso é promovido pela vanity co. em parceria com o ZOOblog
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A vanity co. é uma marca de street wear, com influência direta da cidade de são Paulo ... da sua história, arquitetura, design e cultura urbana !
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A proposta da iniciativa é desenvolver uma estampa a partir do olhar que cada um tem da nossa cidade, tanto de seus aspectos positivos quanto negativos. O que vale é a leitura particular de cada autor
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Bom, vamos às normas da contenda !

A arte deverá apenas ter  1 cor. Pode-se trabalhar também com retícula. A estampa deverá estar centralizada na camiseta e deverá ocupar o espaço máximo de 28 x 35 cm. O logo da marca deverá estar presente na estampa, ainda que subentendido. A estampa localizada na nuca ou no  peito será o logo da vanity co. em conjunto com o logo do zoo.

Vejam os exemplos abaixo
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E atenção: os logos ZOO e vanity, precisam aparecer, mas você pode propor uma composição entre eles !
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Abaixo, algumas idéias de composição como exemplo
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E agora vamos aos prêmios !
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O vencedor ganhará 3 camisetas do concurso + 1  camiseta da vanity
O 2º colocado ganhará 1 camiseta do concurso e + 1 da vanity. 
O 3º colocado  ganhará 1 camiseta do concurso.
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E pra finalizar, os PRAZOS !
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As propostas devem ser enviadas para o nosso email - zooart.zooblog@gmail.com - até o dia 15 de novembro !
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Em breve divulgaremos o júri, que será composto por 2 membros convidados pelo ZOO  2 pela vanity ! E, como já é tradicional, o voto popular será o o 5º elemento !
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Boa sorte a todos !
Divulguem e participem !
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Ah... em tempo. As nossas exclusivíssimas canecas ZOObaleia foram enviadas hoje para o Acre , e em breve chegarão nas mão do seu autor - o vencedor do concurso , Luis Eduardo

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

E Finalmente...


E a Nike anuncia o lançamento de um velho conhecido dos fãs de De Volta para o Futuro. Trata-se nada mais nada menos do que os tênis usados por Marty no segundo filme da série, o Nike MAG.

É uma pena que ele não se amarre sozinho, mas como o próprio comercial aponta, quem sabe em 2015?









sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Lisergia da Juventude #1: Projeto V


Como combinei algum tempo atrás com o Marcinho e com o Sílvio, vou postar alguns projetos do tempo de faculdade. Inicio com um projeto mais careta: o anexo para o MASP, projeto feito em 1997 no terceiro ano de faculdade (Projeto V), orientado pelo querido professor Miguel Forte (como comentei no post anterior).


O conceito do projeto parte do princípio do Yin-Yang: procurei criar uma unidade entre os dois edifícios fazendo uma oposição formal a características do edifício original no seu anexo. Enquanto o MASP é ortogonal, conciso, em um bloco único regular, elevado do solo, pesado, paralelo, e criou uma ruptura com o entorno, o anexo proposto era curvo, orgânico, leve, desforme, com dois blocos se atravessando de maneira irregular, encravado no solo, sem um ângulo reto sequer, e abraçava o MASP e o reconectava ao entorno (através das lâminas vermelhas que ligavam o skyline do conjunto à edificação ao vizinha)


A lâmina de metal posterior (que fica na mesma linha do pórtico posterior do MASP) não corta o edifício por dentro, e isto é proposital. Esta lâmina não é estrutural e não sustenta o edifício. ela é apenas um elemento de linguagem, e sua continuidade entre o fora e o dentro fica apenas na imaginação de quem está ali.

O projeto original do MASP parecia não querer se relacionar com as edificações em seu entorno; todo o projeto surgiu da idéia de criar um anexo que interferisse diretamente com o MASP; a parede encurvada que segue normal ao plano do MASP (ela é encurvada em todos os eixos) seria construída com espelhos, para que a curvatura e declínio do terreno distorcessem a imagem retilínea do MASP ao longo do comprimento do anexo. Na fachada, uma pele de vidro que revelaria o declínio do espaço interno separado em planos como um grande vazio (em oposição a opacidade do MASP que parece cheio de coisas por dentro), e que também revelaria a curvatura da placa principal por trás.

O edifício em sí não pareceria muito sólido, mas um conjunto de placas separadas e um grande vazio interno. Poucas colunas amparavam um pavimento superior em forma de mezanino, ligado pelas rampas, também bem soltas dentro do volume todo.



A porta de entrada do anexo era feita por um corte circular no pano de vidro da fachada, e o encontro das placas de concreto irregulares era separado por iluminação zenital ou por panos de vidro entre os blocos/coberturas colididos. Eram três grandes placas de concreto irregulares ao longo de todo o novo edifício.

O edifício era construído em multiplos níveis e planos, ligados por rampas. Era previsto uma intervenção urbana ao longo da Avenida Paulista que trouxesse todo o fluxo viário para o subsolo, criando uma plano de ligação entre o MASP, seu anexo e o parque Trianon a sua frente. A entrada de serviço para materiais e fornecedores seria feita pelo subsolo.

Como na época fazíamos apresentação com os desenhos técnicos em forma de grandes cadernos A2, eu coloquei folhas de insulfilm prateado contra as folhas de papel vegetal com os desenhos plotados, de forma que a reflexão que eu queria que ocorresse no anexo fosse conceituada na própria apresentação do projeto.

O Sílvio e o Marcinho também poderiam colocar aqui suas versões para esse mesmo projeto, não????




Funcionalismo obtuso, fisiológico e miserável

A exemplo do Steve Jobs, quando não me senti mais capaz de liderar devidamente o CCM - Comando de Caça aos Modernistas, abdiquei do cargo. Não que fosse lá um trabalho exaustivo, já que basicamente minha atividade era criar inimizades valiosas, mas percebi que era um esforço insignificante, já que o mundo está mesmo infestado com modernistas cuja amplitude de visão é equilátera, a intelectualidade neanderthal, e a sensibilidade símia. A cruzada pós-moderna estava realmente fadada ao fracasso (comigo ou sem migo). De lá para cá, constitui amizade até com modernistas e outras rudes criaturas, provando que podemos conviver em harmonia mesmo as custas do meu bom humor (vivo estressado com as tosquices que tenho que presenciar).

Ainda sim, alguns conceitos se provam valiosos, como o de funcionalismo fisiológico e sua variante, o funcionalismo miserável. Para explicá-los, retomemos a idéia geral de funcionalismo equacionada por Sullivan, que muito antes do twitter, já insistia que form should follow function.

Na sua origem, o funcionalismo mesmo pragmático e objetivo tentava deixar um pé na cozinha e criar alguns laços bastardos com a estética, a poética e a plástica; mesmo com a profundidade de uma carta de baralho, quando restrito ao limite de 4 andares, as obras funcionalistas tinham cá um certo charme. Chamo estas obras de arquitetura e design de funcionais-obtusas, já que seus grandes mestres nunca pararam para se questionar se o que chamavam de função não poderia ir um pouquinho além do óbvio. Deyan Sudjic fala que existem sempre 2 funcionalidades: a pragmática e a simbólica (coisa simples que os obtusos nunca perceberam)... eu tento simplificar um pouco dizendo que nem tudo que é importante é assim porque tem utilidade prática, a exemplo de um projeto de arquitetura que fiz durante a época de estudante sob tutela do querido professor Miguel Forte: tentava explicar aos colegas que as colossais barras de metal vermelho que atravessavam a casca de concreto do anexo que projetei para o MASP não sustentavam a cobertura (que era obviamente auto-portante), mas que estavam lá pelo propósito da linguagem; mesmo com a abertura rara que possuía o Miguel para coisas que fugiam ao seu metier, ele insistia comigo que aquilo precisava de uma justificativa estrutural. (colocarei este e outras porralouquices de tempos de faculdade em outros posts, agora que estou plenamente equipado para tal e não dependo do Sopa e do Silvão pra me ajudarem!).


Exemplar típico da funcional-obtusidade franco-suíça.
Com direito a arrependimento de fim de carreira.

Ainda que obtusos, as peças e obras flertavam com a cozinha; é impossível dizer que a famosa casa de vidro de Mies van der Rohe não é bonita e divertida e que seu projeto segue estritamente os problemas funcionais de uma residência (funcional mesmo só sem vizinhos, neste caso). E logicamente, não poderemos comparar os funcionais-obtusos com os funcionais-fisiológicos, mesmo que ambos se apoiem na mesma equação de Sullivan; os funcionais-obtusos estão para os fisiológicos na razão que Eric Clapton está para Chimbinha.

Dificilmente arquitetos e designers funcionais-fisiológicos adquirem reconhecimento internacional. São mais conhecidos localmente circulando pelas revistas de decoração e projeto ao reciclarem coisas desconhecidas (e batidas) para um público-alvo mais ignorante; seu trabalho, pragmático e objetivo, ao contrário dos obtusos, é incapaz de estabelecer diálogo com a estética, poética ou mesmo a plástica, se reduzindo ao mínimo intelectual possível, e ao que está obviamente estampado na sua frente. Apesar de acreditarmos que esta espécie de funcionalista é comum em nossas terras (e são comuns, há revistas dedicadas a suas obras), eles são vastos mesmo em terras Cino-Tailandesas, exercendo sua metodologia de trabalho a desde produtos de consumo até lojas inteiras. Podemos ver suas grandes criações em lojas como a DealExtreme de Hong Kong, com produtos claramente marcados pelo excelentíssimo trabalho destes designers, como o "Designers Huggy Table Salt and Pepper Holder" abaixo, ou na extensa lista de produtos feitos por estes designers.

Reparem no acabamento exemplar da peça que lhe permite,
excepcionalmente, permanecer de pé.

Os comentários gerais dos produtos, assim como as obras de arquitetura funcionais-fisiológicas são bastante parecidos, e giram no geral em torno de sentenças como "Faz o que se propõe a fazer, e nada mais".

Já os funcionais-miseráveis são uma variação do funcional-fisiológico mais comum em nossas terras; compartilham da objetividade e pragmatismo de toda a corrente funcionalista, incorporando nela o mínimo de reflexão típico do funcional-fisiológico e um componente de análise econômica-funcional que demonstra que coisas bem feitas e bem acabadas parecerão mais caras e terão conseqüentemente menor consumo, uma vez que a população quer mesmo é coisa barata e vagabunda; um exemplo arquitetônico pode ser visto na zona cerealista em São Paulo, onde os valores negociados chegam as casas de milhões, mas a arquitetura e urbanidade podem provocar medo e insegurança no transeunte desavisado.

Zona Cerealista de São Paulo
Foto de Milton Jung

Por mais que alguns arquitetos não considerem praticar o funcionalismo-miserável, são geralmente pressionados por seus clientes a transformar seus projetos em obras mais assimiláveis ou viáveis, chegando a casos onde a água da construção é retirada da própria praia. A idéia geral aqui é que aquilo que um funcionalista-obtuso consideraria trivial pelo próprio fato de estar organizado no campo, racionalmente composto e legível, poderia entrar em contradição com os paradigmas e referenciais culturais do que a peça ou obra deveria ser, isto é, algo de acabamento duvidoso, mal gosto, mal resolvido e claramente econômico a ponto dos produtos vendidos através da obra ou peça (uma loja ou um cartaz) não serem onerados pelo custo incurtido do projeto neles. É a garantia factual que o consumidor tem de que está pagando o mais barato possível pelo produto ali apresentado, como é de seu agrado, independente do ambiente ou do material (secundários para ele) que é preciso utilizar para comprá-lo.

Estas taxonomias que apresento aqui para vocês são algumas das grandes contribuições que o CCM produziu e que muitas vezes (ou efetivamente sempre) estiveram distantes da notoriedade pública; se meu bom-humor persistir (ao contrário do que é previsto), trarei mais algumas destas produções aqui.