Diários Gráficos ( ou simplesmente caderninhos)

Pra falar de caderninhos célebres, resolvi que faria uma postagem sobre os cadernos de viagem do Le Corbusier. E fuçando na internet encontrei o blog Desenhador do Cotidiano que também tratava do assunto e no qual li a frase:

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"O Diário Gráfico é como um pequeno laboratório de amostras do nosso olhar sobre o mundo e nós mesmos" (Antonia Santolaya)
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Achei a frase legal e fui tentar descobrir algo mais sobre a autora. Descobri que é uma ilustradora espanhola com um trabalho bem interessante, e que tem também um blog . Neste blog achei o seguinte trecho de um romance policial intitulado "La bicicleta de Leonardo" (Paco Ignacio Taibo II, 1993) :

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"¿Por qué son los dibujos preparatorios muchas veces más bellos que el objetivo final y sin duda mucho más interesantes? ¿Por qué hay mucha más fuerza en esos trazos inconclusos, en los bocetos, en ideas difuminadas, que en el producto que se estaba buscando y que tiempo después el pintor halla?No queda duda de que lo atractivo del esbozo incompleto se encuentra en su carácter literario, en que el cuadro está contado desde sus tibios interiores. Porque en ese momento los dibujos son ideas notando antes de amarrarse al salvavidas final. Sin duda en los bocetos hay una narración del futuro cuadro, pero también hay un puente entre el cuadro y las ideas que lo generaron, los materiales de la realidad que habrán de integrarse en él. Y ahí están también las relaciones del pintor con el material. Son mejores los esbozos que el futuro cuadro, porque muestran el experimento, porque ilustran la búsqueda, porque hay en ellos un despliegue de alternativas y variaciones sobre lo que será sin duda un, uno sólo, el único, resultado final.Son mejores, porque en ellos, además de prefigurarse el resultado, se encuentra la búsqueda."
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Não conhecia nem o livro nem o autor, que descobri ser um escritor hispano-mexicano bastante conhecido e muito engajado em assuntos políticos e sociais ... mas não me atrevo a dizer mais ... O que me chamou a atenção mesmo foi este trecho citado que levanta questões bem legais sobre nosso queridos companheiros (os cadernos).

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Em resumo, acredito, assim como o autor, que o que nos atrai mesmo nos esboços é justamente esta riqueza de idéias, sua força narrativa , sobretudo porque desnudam , por muitas vezes, o nascimento das idéias e estabelecem, de certa forma, as ligações entre o processo de criação, o desenho, a obra concluída. Explicitam a experimentação, a busca e são abertos ... mutantes ...

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Não é uma visão bem bacana?
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E é por isso que aproveito para convocar a todos, mais uma vez, a mostrarem suas "entranhas", revelando um pouco do que se passa nos nossos caderninhos ...

E pra não fugir da raia, deixo um croquizinho de uma série que ando estudando: o movimento e a dança ( o que vai dar não sei, mas ando produzindo vários esboços sobre o tema ... )
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Ah ... os diários do Corbusier ficam pra outro dia ...